sexta-feira, 30 de maio de 2014

Joaquim Barbosa tem munição de sobra para ajudar a impedir que o Brasil se subordine de vez à confederação dos fora da lei


Para azar da seita que venera corruptos, Joaquim Barbosa é um homem honesto, reiterou o título do post aqui publicado em 7 de julho de 2013. O texto tratou de mais uma sórdida ofensiva movida por blogueiros de aluguel, mobilizados por sacerdotes decaídos que o ministro do Supremo Tribunal Federal enfrentou com altivez e bravura. A infâmia da vez sibilava que não havia diferenças entre uma viagem do relator do mensalão, que nada teve de ilegal ou imoral, e a farra aérea protagonizada por gente como Lula, Rose Noronha, Sérgio Cabral, Garibaldi Alves, Renan Calheiros ou Henrique Alves.

Mais uma vez, o bando a serviço de celebrantes de missas negras foi desmoralizado pelos fatos ─ e obrigado a recuar para o pântano na selva da internet sem levar como troféu o escalpo do homem que conduziu exemplarmente o julgamento mais importante da história do STF. O episódio confirmou que, para desgraça do grande clube dos cafajestes (e para sorte do país que presta), a desonestidade nunca figurou entre os defeitos que inclui, por exemplo, o pavio curtíssimo e a baixa disposição para o convívio dos contrários.

Os bucaneiros lulopetistas souberam desde sempre que lidavam com um jurista honrado ─ e por isso mesmo o mantiveram permanentemente na alça de mira. Barbosa não foi transformado em alvo preferencial por reincidir em escorregões populistas ou surtos de intolerância, mas por ter provado que existem no Brasil juízes sem medo. Num Supremo ameaçado de virar sucursal do Executivo pela ampliação da bancada composta por ministros da defesa de culpados, Barbosa vai fazer muita falta. Aos 59 anos, contudo, ele só se aposentou do serviço público.

É improvável que pretenda  aposentar-se da vida pública. Se quiser, dificilmente conseguirá. A decisão de antecipar a saída foi lastimada pelo país decente e festejada com um carnaval temporão pela turma da Papuda. A reação contrastante é mais que um ponto luminoso na trajetória de Joaquim Barbosa. É outro poderoso motivo para que não capitule, e siga cumprindo seu dever. A partir de julho, estará liberado para agir também politicamente. Sobra-lhe munição para ajudar a impedir que o Brasil se subordine de vez à confederação dos fora da lei.

Se for para avacalhar de vez o STF, Dilma pode indicar o ministro da Justiça para a vaga de Barbosa


jose_eduardo_32Rolo compressor – A esquerda verde-loura está em festa por causa do anúncio da antecipada aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. Isso porque os saltimbancos que subiram a rampa do Palácio do Planalto insistem disseminar a impunidade como forma de implantar no País um regime totalitarista, a exemplo do que vem corroendo a vizinha e quebrada Venezuela.

Tão logo o agora lobista se instalou no poder central, em janeiro de 2003, o editor do ucho.info alertou para o perigo de um processo de “cubanização” do País, projeto ideológico que passaria pelo controle dos Poderes constituídos, inclusive o Judiciário. Esse plano mostrava já naquela época o objetivo do PT de transformar o Brasil em uma versão agigantada da ilha caribenha comandada pelos facinorosos e ditadores irmãos Castro (Fidel e Raúl).

O tempo passou e surgiu em cena o boquirroto “socialismo do século XXI”, tese absurda lançada pelo finado tiranete Hugo Chávez para justificar a lufada ditatorial esquerdista que passou a soprar na América Latina.

Em dado momento, ainda no engatinhar do primeiro governo do PT, este site chamou a atenção dos leitores para o perigo que representariam as nomeações de Lula para o Supremo Tribunal Federal. As mudanças foram ocorrendo sem que a opinião pública percebesse o golpe, até que surgiu em cena o Mensalão, o maior e mais ousado escândalo de corrupção da história nacional. Desde então, as indicações para a Corte aconteceram seguindo a trilha da conveniência petista, pois era preciso tentar salvar os companheiros envolvidos na roubalheira que foi planejada na Casa Civil e comandada pelo então comissário palaciano José Dirceu, agora instalado em uma cela do presídio da Papuda, em Brasília.

Bolivarianismo no Supremo

Com a saída inesperada de Joaquim Barbosa, que decidiu não compactuar com o picadeiro que se formou em parte do STF, voltam ao cardápio político as especulações sobre quem ocupará a cadeira a ser deixada pelo ministro e relator da Ação Penal 470. Muitos são os nomes com chances de aterrissarem na escrivaninha de Dilma Rousseff, mas o objetivo da presidente é politizar e avacalhar ainda mais o Supremo, como se a legislação vigente no País e a Constituição Federal nada valessem.

Nesse movimento que surgiu a partir do anúncio de Barbosa, o nome que passou a puxar a fila dos possíveis indicados foi o do ministro da Justiça, o petista José Eduardo Martins Cardozo, que não tem conhecimento jurídico para tanto. Contudo, depois que Dias Toffoli passou a integrar a mais alta instância do Poder Judiciário, qualquer um pode vestir a capa preta e desfilar no plenário do STF como todo-poderoso.

Como destaca o jornalista Carlos Brickmann em sua sempre concorrida coluna, outros nomes estão na lista. Advogado-geral da União, Luís Inácio Adams já esteve a um passo de vestir a toga, mas foi tirado da fila anterior por conta de escândalo envolvendo um dos seus assessores na AGU. Agora volta a sonhar com o posto. Os outros cotados são Benedito Gonçalves, único ministro negro do STJ, e a ministra Nancy Andrighi, também do STJ. Em relação aos dois últimos candidatos, qualquer um que seja indicado abrirá outra disputa pelo cargo de ministro do Superior Tribuna de Justiça.

Voltando ao caso de José Eduardo Cardozo, se o atual ministro for escolhido pela presidente da República para substituir Joaquim Barbosa, os brasileiros podem perder a esperança de dias melhores, pois os mensaleiros, em especial os companheiros de legenda, terão amenizadas as durezas das penas que lhes foram impostas na esteira do julgamento da Ação Penal 470. Vale lembrar que Cardozo, que não consta da árvore genealógica de Aladim, admitiu a existência do Mensalão do PT, mas disse que preferia a morte a cumprir pena em qualquer presídio brasileiro.


Ademais, José Eduardo Cardozo, enquanto deputado federal, atuou fortemente nos bastidores da CPMI dos Correios na condição de sub-relator de contratos da Comissão que desvendou o criminoso esquema do Mensalão. Fora isso, Cardozo, se chegar ao STF, terá de se declarar impedido de relatar e julgar ações relacionadas ao Direito de Família, até porque esse não é o seu forte.

Lula falando em sujeira na internet? Tudo a ver!



Primeiro é a Dilma recebendo o criador da Dilma Bolada, que espalha as piores mentiras sobre adversários.  Agora vem o Lula dizer uma coisa e fazer outra. Tem muita sujeira na internet. Muita sujeira do PT e dos seus maiores nomes.


Brasil 8243

Por Milton Simon Pires

Lembro-me de Maquiavel afirmando que “quando as coisas mais graves são percebidas pelas pessoas mais simples, já é tarde demais”.

Tendo falhado na tentativa de comprar todo Congresso Nacional com o mensalão, o PT entrou, desde 2013 e até antes, numa nova fase: a do “golpe constitucional”. Trata-se de emitir decretos e mais decretos, medidas provisórias e mais medidas provisórias que vão, aos poucos, mudando todo regime de governo sem que ninguém perceba. Aproxima-se agora, com a Copa do Mundo, um período em que nove entre cada dez brasileiros estarão pensando em futebol. O décimo, talvez, se preocupe com greves e ônibus incendiados mas não haverá um só capaz de se lembrar de acompanhar, no próprio Diário Oficial da Revolução, aquilo que o partido estará encaminhando para votação e aprovando em frente às câmeras de televisão e de todo o país.

A mais recente de todas as barbaridades protagonizadas pela Presidência da República chama-se “Decreto 8243”. Não é preciso ser formado em Direito ou Ciência Política para entender do que se trata. O PT simplesmente rasga a Constituição Federal e, com um palavreado digno de uma reunião de Diretório Central de Estudantes, amplia de uma maneira como “nunca antes na história desse país” os mecanismos do chamado “controle social”.

Sobre esse último termo melhor seria dizer tratar-se de “controle socialista” do que aceitar goela abaixo a ideia de que a “sociedade civil” encontra-se ali representada já que, sem pudor algum, o próprio partido-religião aceita, no segundo artigo do decreto, a existência de movimentos “não institucionalizados” em sua composição.

Não vou descrever todas as barbaridades e consequências que o Decreto 8243 traz. Digo apenas ser necessário deter-se sobre breves menções feitas nele, pelo partido, às democracias representativas, participativas e diretas, pois é na diferença entre elas que está a chave para entender a intenção do PT. Resumidamente, eu diria a vocês que a diferença fundamental entre elas dá-se em relação àquilo que o PT mais urgentemente precisa destruir no Brasil: a institucionalização da sociedade. Desde a representação formal através de deputados e senadores até movimentos que sobem a rampa do Congresso Nacional o que se perde é isso: a institucionalização, a organização formal da sociedade através de pessoas, forças ou movimentos que, possuindo personalidade jurídica, podem tornar-se alvos do devido processo legal, e é isso que o PT, cada vez mais, precisa evitar construindo um mundo das sombras, uma espécie de área livre de sinal de radar onde navio ou avião algum pode ser detectado.

De 2013 até agora, a Presidência da República, por decreto, trouxe ao Brasil os escravos e agentes cubanos, abriu as portas do país para polícias estrangeiras durante a Copa, igualou as profissões da saúde no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e agora – através da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do chamado Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) – praticamente cria um governo paralelo no Brasil através de mecanismos de controle que vão entregar toda máquina administrativa nas mãos do partido.

Pergunto-me quanto tempo vai levar para que a nação entenda o que escrevi. Lembro-me, pois, de Maquiavel afirmando que “quando as coisas mais graves são percebidas pelas pessoas mais simples, já é tarde demais” e que um brasileiro médio não seria capaz de reconhecer um regime comunista nem que nevasse em Manaus, nem que ele fosse obrigado a beber vodca ou ter outras pessoas dormindo em sua casa.

Meus amigos, na madrugada do dia 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu do radar e até hoje não há explicação alguma sobre o que aconteceu. Afirmo a vocês que coisa semelhante vai acontecer com o que resta de democracia no Brasil depois do último decreto de Dilma Rousseff. Nossa liberdade embarcou num Boeing pilotado pelo PT. Nosso voo é o Brasil... Brasil 8243.

(Dedicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)..Vocês serão as “entidades médicas” amanhã.)

Porto Alegre , 30 de maio de 2014. 




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Milton Simon Pires é médico.

“O Partido do Crime”


Não se trata de um evento trivial. Luiz Moura (PT-SP), deputado estadual, foi surpreendido numa reunião na sede da Transcooper, uma cooperativa de vans e micro-ônibus, de que ele é presidente de honra, em companhia de 13 pessoas que, segundo a polícia, são ligadas ao PCC. Um assaltante de banco foragido participava do convescote. Segundo a polícia, o encontro tinha o objetivo de planejar novos incêndios contra ônibus na capital. Os veículos atacados pertencem invariavelmente a empresas privadas, nunca às tais cooperativas.

Moura integra o grupo político de Jilmar Tatto, deputado federal licenciado (PT-SP) e secretário de Transportes da gestão Fernando Haddad. O próprio Tatto é muito influente nisso que já foi chamado “transporte clandestino”, tornou-se “alternativo” e acabou sendo oficializado. Hoje, as cooperativas celebram contratos bilionários com a prefeitura.

Não há um só jornalista ou um só político de São Paulo que ignorem o fato de que o PCC se imiscuiu na área de transportes por meio de cooperativas. Em 2006, foi preso um sujeito chamado Luiz Carlos Efigênio Pacheco, então presidente da Cooper-Pam. Conhecido como “Pandora”, o homem foi acusado de financiar uma tentativa de resgate de presos de uma cadeia de Santo André. Ele negou ligação com o crime organizado, mas disse que, por ordem de Tatto, então secretário de Transportes da gestão Marta Suplicy, levou para a sua cooperativa integrantes do PCC. O chefão petista repeliu as acusações. Só não pode repelir a sua óbvia proximidade com as ditas cooperativas e o incentivo que deu, ao longo de sua carreira, a essa, vá lá, “modalidade de transporte”.

(…)


No PT, Moura já não é um qualquer. Na sua festança de aniversário, a figura de destaque foi Alexandre Padilha, ex-ministro e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Discursou com entusiasmo. Se Padilha vencer, Moura poderá ajudá-lo a cuidar da área de transportes, como ajudou Marta Suplicy e Fernando Haddad. Está em sua honrada biografia.

A APOSENTADORIA DE JOAQUIM BARBOSA



O PT ganha, a Justiça e o Brasil perdem.

Humor reeleitoral fica afetado por 1/5 das famílias com mais da metade da renda comprometida com dívidas

 
Os Partidários da Trambicagem têm um motivo tão ou mais consistente que os efeitos colaterais da aposentadoria do Super Joaquim Barbosa para aumentar significativamente o risco de derrota reeleitoral de Dilma Rousseff. Os números confirmam que o pirão de economia desandou, e a mexida no bolso da população tende a comprometer o desempenho da Presidenta nas dogmáticas urnas eletrônicas sem direito à conferência de voto por amostragem.

Cada vez que o Banco Central do Brasil aumenta (ou mantém nos estratosféricos 11%) a Taxa Selic, as famílias gastam muito mais com o pagamento de juros. Só nos primeiros quatro meses do ano, os brasileiros jogaram fora (contribuíram, compulsoriamente, para os lucros recordes dos bancos) R$ 87,9 bilhões só com a usura. Pelos números de março, divulgados ontem pelo BC do B, 21,37% da renda das famílias está comprometida com dívidas – que tendem a se tornar impagáveis, em curto e médio prazos.

Pior que a numerologia do BC do B é a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgada ontem. O estudo indica que um quinto das famílias revelou ter mais de 50% de suas rendas comprometidas com dívidas. A amostragem é realizada mensalmente com 18 mil pessoas em todas as capitais do Brasil.

Nem dá para comemorar o drible que os brasileiros tentam dar na alta da taxa Selic, recorrendo mais ao crédito consignado, que tem juros menos altos (em torno de 25,3% ao ano). As dívidas dos correntistas no cheque especial cresceram 7,4%. A extorsiva taxa anual paga nesta modalidade chega a 161,8% ao ano. Esta é a turma de encalacrados que anda meia PT da vida com o desgoverno Dilma e sua desastrada condução da economia, com aumentos do desperdício com dinheiro público e com medidas que provocam a alta real do custo de vida, gerando a famigerada inflação.

Outros números do caos

Nos quatro primeiros meses deste ano, o governo informou que recebeu R$ 8,23 bilhões em dividendos de estatais, contra R$ 1 bilhão em igual período de 2013.

Sem os R$ 7,22 bilhões a mais em dividendos, que equivalem a um incremento de 716% frente aos quatro primeiros meses do ano passado, a meta fiscal próxima de R$ 28 bilhões não teria sido atingida.

Ou seja, os acionistas minoritários (ou, como alguns pejorativamente chamam, “minorotários”) de empresas estatais de economia mista são os grandes lesados do capimunismo petralha que assalta o Brasil, junto com a fúria especulativa e improdutiva da banqueiragem.

Saideira

O Alerta Total insiste: a nada surpreendente aposentadoria de Joaquim Barbosa, da Presidência e do emprego vitalício no Supremo Tribunal Federal, terá impactos altamente negativos sobre a campanha reeleitoral do PT.

Assim que Ricardo Lewandowski assumir, mandará soltar os mensaleiros, e esta noção imagética de impunidade representará um altíssimo desgaste para o partido.

Além disso, Barbosa de palestrante franco-atirador vai alvejar a petralhada mais que índio doido nos protestos contra a Copa do Jegue.

Balança, mas não cai?

Barbosa pode ser o fiel da balança na eleição, pois deve tirar o time após a Copa ou perto do final do torneio, até o meio de julho.

Se Barbosa resolver apoiar algum candidato, principalmente no segundo turno, vai ferrar o PT.

Mesmo que assuma uma pretensa neutralidade, a imagem consolidada de Barbosa como o super herói inimigo supremo da petralhada já causa um baita estrago na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.

Vai falar?

Será que Dilma Rousseff manterá o segredo sobre o teor da conversa privada que teve, por 15 minutos, com Joaquim Barbosa, no Palácio do Planalto?

Barbosa teria pedido que a Presidenta mantivesse reserva sobre os assuntos tratados por ambos.

O certo é que Dilma foi a primeira a saber, oficialmente, da própria boca do Barbosa, sobre sua saideira do STF...

Em família

 

Leia a primeira Edição de ontem do Alerta Total: Efeito do Medinho: Grandes advogados quedefendem petralhas ameaçam abandonar o PTitanic

Pura falsidade

Renan Calheiros, com o lamento sobre a saída do Barbosão, merece um Oscar de efeitos especiais:

“Sentimos muito porque é uma das melhores personalidades do país. Estamos muito tristes”.

Será que o próprio Cabeleira acreditou no que ele mesmo falou?

Igual, porém diferente...

De um senador, muito malvado, da oposição, comentando a irônica declaração de Joaquim Barbosa de que, com a aposentadoria, vai fazer que nem Lula: dar palestras mundo afora:

“Tomara que o Barbosa apenas dê palestras e, justamente, não faça que nem o Lula, fazendo outras coisas além disso”.

Restauração



Interpretação

De um veterano analista de segurança sobre a aposentadoria do Super Barbosa:

"Sutilmente manda os adversários à PQP, preserva-se como figura de autoridade moral visualizada interna e externamente para, eventualmente, ser lembrado para servir a Pátria em previsíveis  conjunturas da Nação ameaçada em sua Paz Social."

Medo do Romário

O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) teve um motivo muito forte para desistir de concorrer ao Senado.

Pesquisas indicavam que Cabralzinho tomaria uma goleada, nas urnas, do seu ex-ídolo futebolístico Romário.

Franco favorito agora para uma vaga ao Senado, o Baixinho também é favorito para tirar o lugar de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio, na próxima eleição.

E tem mais: Romário seria hoje o único nome capaz de derrotar Antony Garotinho na disputa pelo Palácio Guanabara...

Branca na Preta

 

Data venha

O clima de violência nas grandes cidades é assustador e todo paulistano tem medo de assaltos no Morumbi.

O que deveria ser indagado é: por que a ex-mulher e a filha do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que foram vítimas de uma tentativa de assalto anteontem, contam com a mordomia de uma segurança particular feita com dinheiro público, pela Polícia Federal, e os reles mortais que moram no Morumbi não têm o mesmo privilégio?

Aliás, por que o excesso de pretensa segurança para as tais autoridades, enquanto falta segurança para o resto da população?

A Batalha Final

 


Significado do avião

Esquerda e direita

Por David Coimbra - Zero Hora

Entre esquerda e direita, prefiro a esquerda. A esquerda faz uma ideia generosa da vida, de defesa do fraco contra o forte. Mas as pessoas de esquerda têm um defeito irritante: o hábito de julgar os outros por suas ideias. Para muitas pessoas de esquerda, quem não pensa como elas é desprezível.

Ideias têm alguma importância. Não muita. Conheço supremos canalhas que são esquerdistas perfeitos. O que torna um ser humano melhor não são suas ideias; são os seus sentimentos e o seu comportamento, sobretudo a forma como trata os outros seres humanos.

O Brasil é governado há meia geração por um partido de esquerda. O PT seria a nêmesis da ditadura militar, a direita mais renhida. Mas, olhando para um e outra, me espanto: como são parecidos! Hoje encontro gente agradecida ao PT pelos ótimos Bolsa Família, Minha Casa eProUni, e lembro que só cursei minha faculdade graças ao Crédito Educativo e que minha mãe só comprou nosso apartamento graças ao BNH. Deveríamos ser agradecidos à ditadura? Os dois, PT e ditadura, tentaram diminuir as diferenças sociais por meio de programas, não com mudanças de sistema.

Ambos, PT e ditadura, são desenvolvimentistas, o PAC é o PND. A ditadura fez a ponte Rio-Niterói, a Transamazônica, a Freeway, o Pólo Petroquímico, a Usina de Itaipu. O PT quer fazer Belos Montes, compra usinas no Exterior, duplica a BR-101, planeja a segunda ponte do Guaíba, pretende terminar a transposição do São Francisco. Em Porto Alegre, a esquerda tem feroz apreço pelo 1 milhão e 400 mil árvores da cidade. Destas, 1 milhão e 100 mil foram plantadas na gestão de Socias Villela, prefeito nomeado pela ditadura. Na ditadura, a imprensa era censurada. O PT sonha com a censura disfarçada pelo "controle social da mídia". O PT e a ditadura são estatizantes, os dois apostaram na indústria automobilística como pilar de desenvolvimento e tiveram seus empresários-modelo, seja os financiadores da Oban nos anos 70, seja Eike e seus R$ 10 bilhões captados junto ao BNDES nos 2000.

Lula aproveitou o bom momento econômico internacional e fez o Brasil crescer até 7,5%. Semelhante a Médici, que levou o país a 10%. Depois de Médici, assim como depois de Lula, a economia virou. Seus sucessores, Geisel e Dilma, tiveram de enfrentar momentos delicados e um país em princípio de ruptura social. Sarney e Maluf, velhos próceres do PDS, o partido da ditadura, são eleitores entusiasmados do PT, embora Maluf reclame que o PT esteja à sua direita.

Mas nem a esquerda nem a direita aproveitaram seus bons momentos para fazer reformas estruturais. Quanto mais rico fica o Brasil, mais degenerado se torna como nação. Na ditadura e na gestão do PT, o Brasil melhorou para milhões de indivíduos; piorou como país. Foram medidas analgésicas, não curativas. Não por má intenção, diga-se. Houve, sim, vontade de fazer o melhor. Por isso, não me agradam petistas que não enxergam decência fora do PT e não me agrada quem chama os petistas de petralhas. Melhor seria se compreendessem que tanto à esquerda quanto à direita há gente, muita gente, que quer o bem do Brasil. É este o sentimento mais importante. Porque na prática, como se vê, não faz muita diferença.



Oposição quer revogação do decreto chavista e golpista de Dilma.


O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), está apresentando nesta sexta-feira um Projeto de Decreto Legislativo pedindo a revogação do decreto da presidente Dilma Rousseff, que obriga os órgãos do governo a promover consultas populares sobre grandes temas, antes de definir a política a ser adotada e anunciada pelo governo. O decreto 8243/2014 cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e diz que o objetivo é “consolidar a participação social como método de governo”.

O governo Lula conseguiu conter os movimentos sociais, iniciando práticas como as grandes Conferências Nacionais, como a Conferência Nacional das Cidades. Indignado, Mendonça Filho disse que Dilma e o PT querem enfraquecer o Legislativo - responsável por discutir as propostas de governo - e criar cidadãos de "primeira e segunda classe", alegando que apenas aqueles que integram movimentos sociais e sindicatos seriam ouvidos nos conselhos criados por Dilma.

Mendonça Filho disse que a oposição poderá entrar em obstrução e não votar medidas provisórias, na próxima semana, caso Dilma não revogue o decreto, ou caso o Congresso não o aprove. Ele discutirá a questão na reunião dos líderes partidários da próxima terça-feira e pedirá que o projeto tenha urgência, para ser votado ainda na próxima semana.

- Esse decreto é uma aberração. É uma desfaçatez o PT e a presidente Dilma chegarem ao nível de passar por cima do Legislativo, caixa de discussão e ressonância da sociedade. Dilma quer criar um poder paralelo - disse Mendonça Filho. Para ele, os integrantes das novas estruturas serão escolhidos pelo governo, o que já vicia todo o processo. - Serão os Conselhos dos Amigos do Poder. Quer criar um poder paralelo e ainda cidadãos de primeira e segunda classe. Para ser ouvido, o cidadão comum tem que estar associado a uma ONG ou a um sindicato - disse ele.

O líder do DEM acredita que não se trata de governo e oposição e sim uma discussão que envolve o Parlamento. - O presidente da Câmara, Henrique Alves, tem sido um guardião das prerrogativas do Poder Legislativo e não vai aceitar isso - disse ele.

Na prática, a proposta obriga órgãos da administração direta e indireta a criar estruturas de participação social. O decreto lista nove tipos de estruturas que devem ser utilizadas: conselho de políticas públicas; comissão de políticas públicas; conferência nacional; ouvidoria pública federal; mesa de diálogo; fórum interconselhos; audiência pública; consulta pública; e ambiente virtual de participação social.

Além de criar nove tipos de formas de participação popular, o decreto ainda institui a Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, uma estrutura interministerial responsável pelas “pautas dos movimentos sociais e pelo monitoramento de suas respostas”. É uma forma de o Planalto tentar dar uma resposta rápida a reivindicações, o que poderia reduzir as grandes manifestações. O novo modelo já está sendo adotado, com o governo encaminhado um “Caderno de Respostas” às entidades.

O texto diz estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social previstos no Decreto para “a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”. Na prática, ministérios e demais órgãos serão obrigados a criar conselhos, realizar conferências ou mesmo promover mesas de diálogo. (O Globo)

PT tenta implantar sistema bolivariano no Brasil por meio de conselhos populares, diz Caiado


dilma_rousseff_325Esquerda, volver – O deputado Ronaldo Caiado (Democratas-GO) considera muito grave a tentativa da presidente Dilma Vana Rousseff de criar supostos “conselhos populares” nos órgãos públicos. Na opinião do parlamentar, a medida é uma afronta à democracia e, por isso, subscreveu o Projeto de Decreto Legislativo 1.491/2014, apresentado nesta sexta-feira (30) pelo líder do partido Câmara, Mendonça Filho (PE), para cancelar o Decreto 8.243/2014, que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS).

“Esse decreto da presidente Dilma é uma afronta à ordem constitucional do País. Sabedor que vai perder as eleições, o PT age no sentido de criar um sistema paralelo de poder como Hugo Chávez fez na Venezuela que em um primeiro momento tenta vender a ideia de participação popular para depois ter suporte para implantar o sistema bolivariano no País”, disse.

Caiado promete obstrução a todos os projetos oriundos do poder Executivo, como Medidas Provisórias e Projetos com urgência constitucional, até que a proposta do Democratas seja apreciada e o decreto da presidente Dilma seja revogado.

O decreto presidencial institui os conselhos populares compostos por “cidadãos, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”, conforme o artigo 2º da Norma.

O goiano ainda afirmou que medida do governo petista vai criar cidadãos de primeira e segunda classe ao privilegiar um pequeno grupo de pessoas ligadas ao partido na participação do processo decisório do País. “Essa é mais uma tentativa de golpe do PT!”, afirmou.

PT abre nova frente de propaganda para por em marcha o golpe comunista com a falaciosa denominação de "Constituinte para Reforma Política"


Facsimile do cabeçalho do site golpista que usa as cores da Bandeira do Brasil para escamotear a verdade: 
o golpe comunista da Constituinte. 

RECOMENDO QUE LEIAM COM ATENÇÃO ESTE TEXTO E COMPARTILHEM:

Se o povo brasileiro consentir nas eleições presidenciais de outubro deste ano em dar mais um mandado para o PT, o Brasil poderá seguir o mesmo rumo da Venezuela, ou seja, transformar-se numa república comunista. Lá tudo começou com o finado caudilho Hugo Chávez que se utilizou dos mecanismos democráticos para chegar ao poder. Depois conseguiu realizar uma Assembleia Constituinte para mudar o sistema político. Fechou o Senado e criou uma Assembleia Nacional sob o controle absoluto do PSUV Partido Socialista Unido da Venezuela, que é um partido que tem o mesmo viés do PT. E é isto que está em curso no Brasil, conforme vou revelar e explicar tudo resumidamente neste texto.

Note-se que a transformação lenta e gradual da Venezuela numa ditadura comunista foi operada por meio de uma Constituinte. Todos os mecanismos da democracia representativa foram utilizados para destruir a democracia. Esta é a nova estratégia utilizada pelo Foro de São Paulo, organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, que comanda a aplicação dos mandamentos do “socialismo do século XXI”. Em outras palavras, significa a implantação de regimes comunistas, pasmem, com a anuência da própria população! depois que as pessoas já tiveram seus cérebros abduzidos pela propaganda comunista, que mascara essa funesta intenção por meio da corruptela dos conceitos, como democracia e liberdade de expressão. E isso se torna perfeitamente factível depois de alguns anos de doutrinação por meio da escola, da mídia, das universidades e demais organismos da sociedade civil. Trocando em miúdos, trata-se da aplicação pura e simples da teoria formulada pelo filósofo comunista italiano Antonio Gramsci, que começou a ser disseminada nas universidades brasileiras e dos demais países latino-americanos nos anos 80 do século passado.

A atuação do Foro de São Paulo é metódica. Varia de acordo com as circunstâncias políticas e sociais de cada país. É oportuno lembrar que essa organização comunista desde a sua fundação é dirigida pelo PT, sendo Lula o presidente de honra, o chefão, em sintonia com o regime cubano. Em síntese, é este o pano de fundo desse teatro do horror.

O CASO BRASILEIRO

Dos países latino-americanos o Brasil talvez seja o mais complexo, em decorrência de suas dimensões territoriais e no que diz respeito à população em torno de 200 milhões de habitantes. A par disso, as instituições democráticas, apesar de tudo, ainda possuem uma certa solidez. Acresce a isso, e mais uma vez apesar de tudo, a crença nos valores da democracia e da liberdade.

Por isso, a tentativa de sistemática do PT em desmoralizar principalmente o Congresso Nacional e o Poder Judiciário. Notem que os escândalos e as roubalheiras que levam ao descrédito a classe política começaram a aparecer em profusão depois que o PT chegou ao poder no Brasil.

O PT, como todos os partidos comunistas, obtém dividendos políticos, isto é, condições para alcançar os seus objetivos, em qualquer situação. Ao promover o mensalão buscava a compra de votos dos parlamentares para viabilizar a aprovação de seus projetos, ou seja, apressar as condições de fazer a tal “reforma política” que tem em mira a realização de uma assembleia constituinte que lhe oferece a condição de poder perpétuo. Como a tramóia foi detonada e seus operadores descobertos, o PT começa a agir como vítima e ao mesmo tempo utiliza o escândalo que gerou para desmoralizar a própria instituição parlamentar, vértice da democracia representativa.


A insatisfação popular em decorrência de sucessivos escândalos e roubalheiras do PT, é utilizada pelo próprio PT para reforçar a tese de que há necessidade de uma reforma política que poria fim a todas essas iniquidades. É um troço surreal, haja vista que quem promove o grosso da corrupção é o próprio PT. E é isto que Lula e seus sequazes estão fazendo, usando a mistificação e a mentira como arma política!

O ardil montado pelos psicopatas do PT: esta é a capa da cartilha para iludir a população brasileira, principalmente a camada menos instruída da população.

O GOLPE DA CONSTITUINTE

A tentativa de realizar uma Assembleia Constituinte para uma suposta “reforma política”, é um dos maiores absurdos. Uma assembleia constituinte só é cabível se existe uma ruptura institucional. Foi o caso da Assembléia Nacional Constituinte que escreveu a Carta de 1988, em vigência, cujo objetivo era a democratização, haja vista o interregno dos governos militares.

Na atualidade, portanto, não há nenhum rompimento institucional. Do ponto de vista jurídico não há qualquer amparo no que respeita à convocação de Constituinte. A mesma coisa ocorreu na Venezuela e a mesma coisa o PT tenta fazer agora no Brasil.

Tanto é que já está na internet para todo mundo ver a campanha pela Constituinte, levada a efeito pelos ditos “movimentos sociais” do PT. Há mais de 200 entidades ligadas ao PT na organização e suporte ao golpe da Constituinte. Está tudo no site Plebiscito Constituinte, com farto material de propaganda. Há inclusive um livro contendo coletânea de artigos de professores de universidades intitulado “Constituinte Exclusiva - Um outro sistema político é possível”. E dentre o material de propaganda há também uma cartilha “Plebiscito Popular - Por uma Constituinte Exclusiva Soberana do Sistema Político”.

Se não há ruptura institucional, se as instituições democráticas estão em pleno funcionamento, e não havendo nenhuma comoção social que esteja ameaçando-as, falar em Constituinte não tem qualquer cabimento e, por isso, trata-se evidentemente da preparação de um Golpe de Estado Comunista como ocorreu na Venezuela e deu no que deu: fim das liberdades civis, prisões, torturas e a aplicação do mais odioso esquema de dominação política que há mais de meio século é utilizado pela ditadura cubana: a escassez de alimentos. Aliás, isso é usado por todas as ditaduras comunistas. Era assim na ex-URSS, é assim na Coréia do Norte e demais regimes comunistas. Pois é isso que está sendo idealizado pelo PT para ser posto em prática no Brasil e é tudo isso que está em jogo na eleição presidencial deste ano!

Isto significa que conceder mais um mandato para o governo da Dilma e do Lula é dar um passo definitivo para transformar o Brasil numa nova Venezuela.

Os últimos acontecimentos políticos fazem parte desse plano diabólico do PT. Por exemplo, quando a Dilma anuncia a regulação da mídia, que nada mais é do que censura pura e simples, refere-se ao controle econômico dos meios de comunicação emulando os casos da Argentina e da Venezuela, que resolveram impor a censura à imprensa por meio de pressão econômica asfixiante. Recentemente, o regime chavista conseguiu destruir economicamente a  Globovisión, um canal de TV 24 horas no ar. Seu proprietário, empresário Ernesto Zuloaga, teve que se exilar nos exterior. Os familiares e executivos que permaneceram tocando a empresa não resistiram às pressões e o canal foi vendido para três empresários ligados ao chavismo. Este é apenas um dos exemplos do que acontece quando o "socialismo do século XXI" torna-se a ideologia dominante. Portanto, a estratégia não será mais de aplicar a censura clásssica, mas destruir economicamente os veículos de comunicação não afeitos ao dito “socialismo do século XXI”, reduzindo os meios de comunicação a correias de transmissão dos interesses da camarilha comunista.

AS ELEIÇÕES DE 2014

Portanto, com base no que acabei de relatar, as eleições presidenciais deste ano tem um significado histórico para o Brasil e os brasileiros. Há dois à escolha dos eleitores: a democracia e a liberdade ou comunismo com o fim da liberdade, a escassez de alimentos, e o terrorismo de Estado, com prisões, torturas, banimentos e perseguições de todos os tipos, além da deletéria destruição da imprensa livre.

As condições estão dadas. O único candidato com confiabilidade democrática e cacife eleitoral para vencer é Aécio Neves. E todos aqueles eleitores que se contrapõem a esta evidência de certeza democrática verdadeira que é Aécio Neves, fazem o jogo do PT. E não adianta tergiversar.

O que acabei de expor é a verdade cristalina, provada, irretorquível e por demais evidente. Acreditem, o destino do Brasil será jogado nestas eleições!

Por favor! Encareço: não caiam na ilusão vendida pelo PT! Constituinte da Reforma Política é o ovo da serpente comunista!

AQUI VOCÊ PODERÁ, SE QUISER, OUVIR O TEXTO DESTE ARTIGO:

Uma leitora do blog, a advogada brasileira Helga Maria Saboia Bezerra, Doutora em Direito e que vive na Espanha, fez a leitura do artigo e gravou no Soundcloud, uma ferramenta de compartilhamento de gravação de voz, muito utilizada também no compartilhamento de música e outras atividades de gravação sonora.

Helga Maria, foi para a Espanha há alguns anos para fazer o Doutorado e acabou ficando por lá. Esteve depois no Brasil, e ficou apavorada com o que viu preferindo permanecer na Espanha, já que é casada com espanhol. Os dois planejavam morar no Brasil, mas desistiram.

Aqui está o artigo lido por Helga Maria e que já percorre o mundo pelas redes sociais. Agradeço de coração a atenção de Helga Maria com a qual pude conversar há pouco por meio do Facebook. 

Perversão de ideias e assistencialismo

Por Hélio Duque

Estelionatarismo ideológico vem sendo, nos últimos anos, fato normal, aceito e festejado no Brasil. Envolve um debate surrealista entre ser de direita ou de esquerda. O binarismo que envolve o debate é de pobreza franciscana. Alimenta a falsificação com muitos personagens destituídos de formação, princípios e valores, autoproclamando-se herdeiros das tradições que marcaram a esquerda brasileira.

Na outra ponta, a velha direita recusa-se a assumir com firmeza as propostas sociais e econômicas que estão nas suas origens. Esquerda e direita não são fantasmas. Nelas existem desde a velha esquerda autoritária, com seitas dotadas de identidade teórica própria, até a esquerda democrática. Expressada, principalmente, no pensamento social democrata. A velha direita abarca desde o vetor totalitário golpista, com características diversas, até a direita liberal e cosmopolita comprometida com os valores democráticos.

 “Muitos da direita acreditam que os governos  Dilma e Lula são de esquerda. Tomam a nuvem por Juno. Nenhum desses governos fez qualquer reforma social (e teve tempo e base parlamentar para isso) – nem a agrária, nem a urbana, nem a tributária, nem a política. Nunca passou de assistencialismo. O PT praticou a corrupção,  desmoralizando a esquerda sem ser de esquerda, oferecendo munição à direita – ela fica lhe devendo esse favor”. Quem faz essa constatação é o historiador Joel Rufino dos Santos, respeitado nacionalmente como um pensador de esquerda.

Há 50 anos, ao lado de Rubem Fernandes, Pedro Ulhoa Cavalcanti, Nelson Werneck Sodré e outros pesquisadores, lançava no governo João Goulart, através do Ministro da Educação, cinco volumes do livro “A História Nova do Brasil”. Logo recolhido, nos primeiros dias, pelas forças vitoriosas de abril de 1964. Não é, portanto, um diletante neoliberal, designação que passou a ser palavrão no Brasil vivente, onde o primitivismo intelectual e a ignorância sem limite vem fazendo escola.

 “Algo deve mudar para que tudo continue como está”. No livro “O Leopardo”, Tomasi di Lampedusa, retratou o conflito entre tradição e modernidade, deflagrada na Itália após a revolução que determinou a sua unificação. No Brasil, em 2014, o ensinamento de Lampedusa é cumprido com rigor espartano. Aliado a uma visão autoritária extremamente perigosa ao Estado democrático.
A essencialidade dos valores democráticos é o culto ao pluralismo, onde os governantes devem ter a consciência de serem transitórios. Permanente é o Estado que deve ser administrado visando o bem comum. Quando é aparelhado e os detentores do poder sentem-se proprietários das funções públicas, as inconstitucionalidades, os desvios fraudulentos e a corrupção tornam-se acontecimento normal. O dinheiro público transforma-se em alimento suculento para os apetites vorazes. A sucessão de transgressões vira enfadonha rotina.

A sociedade perplexa e impotente vê escorrer pelo ralo da corrupção os impostos que paga religiosamente. E não enxerga essa montanha de dinheiro se refletir em investimentos e melhoria da qualidade de vida da população. Acreditar que basta anunciar bondades assistencialistas e atenderá as demandas econômicas e sociais que se acumulam, é equívoco mortal.

Os governos Lula e Dilma são arautos do auto-engano, retratado por Lampedusa de que é preciso mudar para que tudo continue como está. Não pode ser catalogado de esquerda um governo que refuga qualquer reforma que modernize uma sociedade injusta e perversa como a brasileira.

Hoje o grande impasse nacional reside na extravagância de uma mentira: as oligarquias refalsadas, corruptas por formação histórica, patrimonialistas, são fiéis aliadas de um governo que se autoproclama progressista e modernizador. Surrealismo em estado bruto.

Fonte: Alerta Total


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Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

Pau e circo

Por Nelson Motta - O Globo

Após sete anos, das 167 intervenções urbanas prometidas, só 68 estão prontas e 88 atrasadas, e Lula explicou: ‘Vai levar alguns séculos para a gente virar uma Alemanha’

‘Macaco que muito mexe quer chumbo” é um velho e sábio ditado mineiro sobre os perigos da superexposição e do exibicionismo, mas certamente nem passou pela cabeça de Lula e Ricardo Teixeira quando fizeram o diabo para trazer a Copa do Mundo para o Brasil, imaginando os benefícios políticos e comerciais e esquecendo os riscos e consequências de se colocar no centro das atenções do mundo como sede de um evento dessa grandeza. E veio chumbo grosso.

Recebidas como ofensas ao país, as críticas internacionais foram respondidas com bravatas grandiosas e apelos ao patriotismo paranoico, como se os estrangeiros só revelassem as mazelas e precariedades que estamos cansados de conhecer por maldade, inveja e má-fé, ou talvez por tenebrosas conspirações para atrapalhar a nossa Copa. É reserva de mercado: só nós podemos nos esculachar.

Mas, depois de sete anos, das 167 intervenções urbanas prometidas, só 68 estão prontas e 88 atrasadas, e Lula explicou tudo: “Vai levar alguns séculos para a gente virar uma Alemanha.”

O complexo de vira-latas também se caracteriza pela incapacidade de reconhecer erros, de responder a críticas e de tentar disfarçar o sentimento de inveja e inferioridade com a força bruta de hipérboles, bravatas e rosnados. Quando Nelson Rodrigues disse que a vitória na Copa de 1958 nos livrou do complexo de vira-latas, ao contrário de Dilma, não entendi que havíamos nos tornado cão de raça ou mesmo cachorro grande, mas que nos livrávamos do complexo porque nos assumíamos como vira-latas bons de bola.

Sim, a vira-latice étnica e cultural é uma de nossas características mais fortes, para o bem e para o mal, e isso não há Copa nem metáfora genial que mude. Nesse sentido, ninguém é mais vira-latas do que os americanos, que também são os cachorros grandes do mundo.

Outra expressão atual da vira-latice é a ostentação, como o novo estilo de funk que celebra a riqueza e o exibicionismo, com orgulho e sem vergonha. É a trilha sonora perfeita para o Brasil ostentação da propaganda oficial que nos mostra no melhor dos mundos e fazendo a Copa das Copas.

Macaco que muito mexe…